O conceito de ESG (Environmental, Social e Governance) refere-se a um conjunto de critérios que avaliam o desempenho sustentável das empresas, considerando seus impactos ambientais, sociais e de governança. Essa abordagem visa garantir que as organizações operem de forma responsável, ética e transparente. Nos últimos tempos, o termo ESG tem ganhado grande visibilidade, graças a uma preocupação crescente do mercado financeiro sobre a sustentabilidade. As questões ambientais, sociais e de governança passaram a ser consideradas essenciais nas análises de riscos e nas decisões de investimentos, colocando forte pressão sobre o setor empresarial. A aparente novidade parece tirar o sono das organizações, que buscam entender o que é ESG e as adaptações necessárias para estar em conformidade com esta exigência.
A sigla ESG engloba três dimensões interconectadas: O componente ambiental (E) analisa o uso de recursos naturais, emissões de gases de efeito estufa, gestão de resíduos, conservação da biodiversidade e outros fatores ecológicos. A dimensão social (S) aborda direitos humanos, condições de trabalho, diversidade e inclusão, relacionamento com comunidades e questões laborais. A governança (G) avalia a estrutura de governança, transparência financeira, controle interno, responsabilidade dos administradores e práticas de liderança.
A importância do ESG reside em sua capacidade de identificar riscos e oportunidades, promover transparência, melhorar o desempenho financeiro a longo prazo e fortalecer a reputação das empresas. Investidores, clientes e partes interessadas cada vez mais valorizam empresas com boas práticas. Os critérios ESG estão relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que reúnem os grandes desafios e vulnerabilidades da sociedade como um todo. No Brasil, a relação dos ODS com os negócios está presente nas grandes empresas. Segundo levantamento realizado com as companhias que fazem parte do ISE, Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, 83% delas possuem processos de integração dos ODS às estratégias, metas e resultados.
Riscos e oportunidades: Identifica riscos ambientais e sociais, além de oportunidades para inovação sustentável.
Transparência: Fomenta a confiança dos investidores, clientes e stakeholders.
Desempenho financeiro: Empresas com boas práticas ESG tendem a ter melhor solidez e desempenho financeiro a longo prazo.
Reputação: Reflete a responsabilidade social e ambiental da empresa.
A crescente relevância do ESG não é apenas sobre a responsabilidade empresarial, mas um imperativo estratégico para as empresas no século XXI. Com governos, reguladores e organizações internacionais integrando critérios ESG em leis, normas e certificações, torna-se evidente que a adoção de práticas sustentáveis e transparentes é fundamental para o sucesso empresarial a longo prazo. Essa mudança de paradigma não representa meramente uma evolução da sustentabilidade corporativa, mas sim uma redefinição do próprio conceito de sustentabilidade empresarial no mercado contemporâneo. As organizações que reconhecerem e abraçarem essa realidade não apenas mitigarão riscos, mas também desbloquearão oportunidades significativas, alinhando-se diretamente com as necessidades emergentes da sociedade e do planeta. Em última análise, o ESG não é uma opção, mas uma necessidade para as empresas que almejam prosperar e perdurar em um mundo em rápida transformação, onde a responsabilidade socioambiental e a governança ética são requisitos indispensáveis para a sobrevivência e o crescimento sustentável.
Fontes: ESG: Guia Prático para Empresas (B3, 2022); Critérios ESG: Uma Análise (Revista de Sustentabilidade, 2020); ESG: O Futuro dos Investimentos (Forbes, 2022); Organização Pacto Global – Rede Brasil; Cinco tendências (e desafios) ESG para 2025 (Uol Capital Reset, 2025).